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OS QUATRO ELEFANTES

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012.



Traz boa sorte ganhar estatuetas de elefantes de presente. Mas dos que têm as trombas levantadas; atitude que tomam em todo momento de vitória, antes de barrir.


Por isso, ofereço a todos esta bela "reza braba".



Meu elefante, vitorioso
levantou a tromba e barriu...
Meu elefante
muito mais corajoso,
quando ergueu a tromba todo o medo escapuliu.
vazou, fugiu
sumiu, se evaporou no ar.
Barriu.... barril....
e o meu barril nunca irá esvaziar.
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novas edições de O Mendigo Apaixonado e O Homem em Pé

quinta-feira, 4 de agosto de 2011.






Queridos amigos;
Depois de quatro anos esgotado, duas reimpressões e duas edições, sai a quinta tiragem, na terceira edição da novela O Mendigo Apaixonado.
Simultaneamente estará sendo lançada a segunda edição de O Homem em Pé.
E dentro de mais alguns dias, poucos, eu creio, teremos também o lançamento do inédito O Reflexo do senhor Jones.
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O REPOUSO DO GUERREIRO

quarta-feira, 3 de agosto de 2011.
CAIU NO CAMPO DE MENTA
QUE FICAVA BEM AO LADO
E FICOU ALI MENTADO
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PARAFRASEANDO SÓCRATES

quarta-feira, 29 de junho de 2011.
Só os mais sábios têm noção
e podem medir com precisão
a profundidade que alcança
o poço da própria inguinorança
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Entrevista do escritor no CAV

terça-feira, 31 de maio de 2011.


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quinta-feira, 26 de maio de 2011.
O FUNDO E A SUPERFÍCIE é um conto, ou uma crônica, ou o romance da vida de muitas pessoas, conclusão a que cheguei muitos anos depois de ter escrito, muito depois de ter postado esse texto em papel cartão, à guisa de mensagem de natal e, anos depois, ao receber um telefonema de um amigo no Mato Grosso, o qual fazia parte de um grupo de tratamento de dependentes químicos, soube que o coordenador tirou cópias e mandou distribuir para todos os outros coordenadores de grupos de tratamento parecido. Eu nem sabia que este pequeno texto ia sendo interpretado por uma gama imensa de pessoas, que o adaptavam à própria realidade, às vezes atribuindo conotações que nem o próprio autor imaginou, para melhor compreender a situação e compreender-se.
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O FUNDO E A SUPERFÍCIE

Um homem no fundo do poço. De pé. Olha para o alto. Veste roupas elegantes e não parece excitado. Vê a boca do poço muitos metros acima, o eixo com a corda enrolada tendo embaixo o balde pendurado e, por trás, o azul infinito do céu contido num pequeno círculo.
À sua volta a escuridão e os organismos a ela próprios e, quase palpável, a tentar beliscá-lo, mais que os insetos e aracnídeos, a solidão que o esmaga.
Seus ouvidos, entupidos, com dificuldade captam ruídos que não reconhece, como se procedessem de lugares distantes e só depois de muitos obstáculos lhes chegassem, confusos e distorcidos.
Seu olhar continua fixo na clara abertura do topo, atraído de forma inexorável pela cor e pela luz, pequenos indícios de que lá fora um grande mundo o espera, mas suas botas, enterradas até o meio do cano no solo pegajoso do fundo, o mantêm fixado: movimentos tolhidos, sentidos embaçados, percepção reduzida.
Não tem idéia de há quanto tempo está ali, mas lhe parece um largo período, ainda contando que perdera momentos preciosos olhando para baixo, como que hipnotizado pelo lodo, comprazendo-se em chafurdar; até que algo luminescente acima de sua cabeça o assustou a princípio, mas depois o deixou como que maravilhado, e teve que desviar as vistas que se ofuscaram, mesmo diante do parco raio de sol que vislumbrara, dado seu hábito à escuridão.
Ainda não sabia como, mas resolvera sair dali, alcançar a claridade, e começara a pensar em como fazê-lo. Deveria haver um jeito, e teria que ser logo, e quem sabe se livrasse daquele peso dolorido no corpo, da sensação de paralisia e da dificuldade que sentia em respirar.
Talvez subisse pela corda do alto, que teria que desenrolar de algum jeito; ou quem sabe tentasse escalar pelos interstícios das lisas e limosas pedras que, arrumadas, formavam o cilindro de granito enterrado na vertical.

Vê a pequena folha seca, que vem girando e pousa, duas braças acima de seu rosto, na fina película, formando pequenas ondulações, como se fosse um sopro no finíssimo véu que separa a atmosfera mais sutil e diáfana acima, do fluido pesado, escuro e frio, abaixo, onde continua imóvel, apesar das roupas elegantes, silencioso e impassível, encharcado até os ossos.
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